ASHTANGA VINYASA YOGA
PRÁTICAS PRESENCIAIS NO RIO DE JANEIRO
Aulas presenciais na Zona Sul do Rio de Janeiro. Acompanhamento personalizado. Conheças as modalidades e caractéristicas da prática.
YOGA
Yoga pode ser traduzido como união: a união entre corpo e mente. As medicinas orientais consideram corpo e mente como uma unidade, consequentemente, o que ocorre em nossa mente influencia nosso corpo e vice-versa. Yoga é uma prática milenar, sistematizada em um conjunto de práticas que vão desde a devoção, passando por meditação até o trabalho com o corpo.
ASHTANGA VINYASA YOGA
Ashtanga Vinyasa Yoga é uma prática vigorosa de posturas que coordenadas com uma técnica de respiração, fazem o corpo transpirar. Foi fundada por Sri K. Pattabi Jois, que identificou a prática como sendo a realização concreta dos oito membros do Yoga nomeados por Patañjali.
Patañjali é uma figura importante dentro da tradição do Yoga, pois atribui-se a ele os sutras sobre o yoga (Yoga Sutras de Patañjali). Neles, o sábio sistematizou a prática, determinando oito aspectos que a yoguini e o yogui devem observar no caminho da prática. Ashtanga significa oito membros (ashtau: oito; anga: membro), a saber:
Yamas: disciplinas éticas
Nyamas: auto-observação
Asana: postura
Pranayama: expansão do prana
Pratyahara: estado de abstração dos sentidos
Dhanara: concentração
Dhyana: meditação
Samadhi: estado de contentamento e paz.
O Ashtanga Yoga trabalha o corpo por meio de uma sequência fixa de posturas, onde uma prepara para a seguinte, enquanto fazemos a respiração vitoriosa (ujjayi pranayama), junto com contrações musculares (os fechos energéticos uddiyana bandha e mula bandha) e a direção do olhar para pontos específicos (drishti). Esses três elementos, praticados junto com as posturas, são chamados tristana e ajudam a trazer a atenção do mundo externo para dentro do corpo, possibilitando maior concentração.
TRISTANA
Durante a prática realizamos a respiração ujjayi pranayama (“alongar a respiração”/respiração livre com som). Ao contrairmos a glote, inspirando e expirando pelo nariz, um som áspero é produzido, semelhante ao barulho do mar ou do vento (alguns diriam Darth Vader de Guerra nas Estrelas!). A fricção do ar ao passar de forma espiralada pela garganta aquece o corpo, auxiliando a eliminação de toxinas pelo suor. Essa respiração é mantida durante toda a prática, conduzindo seu ritmo.
São uma série de fechos de energia internos dentro do corpo sutil que auxiliam no fluxo do prana (energia vital presente no espaço). Assim como as válvulas do coração auxiliam o sangue a seguir adiante, impedindo o retorno do sangue, os bandhas regulam o fluxo prânico pelos nadis (canais de energia no corpo) Durante a prática, fazemos contrações musculares específicas que atuam no corpo sutil e no físico. Quando contraímos os fechos, a energia é forçada a se espalhar por esses caminhos. Então estamos aptos a assimilar essa energia em nível celular, pois o prana banha e alimenta nosso corpo sutil, e equilibra o sistema nervoso. Os bandhas devem ser sentidos tanto na inspiração quanto na expiração, mantendo a circulação do prana em um nível ascendente, o que contribui para a limpeza de toxinas no corpo.
Uddiyana Bandha
Esse fecho é uma leve contração do baixo abdômen em direção à coluna ao inspirar, ao mesmo tempo em que as costelas se expandem lateralmente, o diafragma desce e os pulmões são preenchidos de ar. Uddiyana bandha significa “voo ascendente”. Nesse movimento, a sensação é de alongamento da coluna vertebral (sensação de crescer em direção ao céu), facilitando flexões e torções. Esse bandha eleva a captação de prana ao energizar os nadis, principalmente na região do manipura chakra (localizado no plexo solar), aumentando a temperatura do corpo.
Mula Bandha
Mula significa raiz, a raiz da nossa coluna, o centro do assoalho pélvico. É a leve contração do períneo, localizado entre ânus e a genitália. O períneo contraído cria uma sucção e um empurro energético para cima, formando um selo energético que fecha o prana dentro do corpo, detendo o fluxo descendente do prana (que cresce com a idade e abre caminho para doenças e a deterioração do corpo). O prana movido de forma ascendente produz calor, que aquece o corpo e desperta o fogo interno (kundalini), ajudando-o a penetrar no canal central, o nadi central sushumna (que acompanha o eixo da coluna até o topo da cabeça). É mantido na inspiração e também na expiração durante toda a prática.
São técnicas de concentração ou focalização do olhar que intensificam a atenção e atuam sobre diferentes partes do cérebro conforme o direcionamento do olhar. Têm a função de direcionar a atenção para o ujjayi pranayama e para os bandhas. Nossa visão é constantemente desviada para qualquer coisa que pareça minimamente interessante, o que nos distancia dos aspectos importantes de se praticar yoga com atenção. Ao focar o olhar em pontos pré-determinados, equilibramos nossa prática interna e externa. Cada asana tem um drishti específico geralmente localizado no corpo.
O tristana presente durante a prática dos asanas promove a abstração dos sentidos ao trazer a atenção dispersa no mundo externo para a observação do próprio corpo. Com a prática diária, conseguimos memorizar a sequência de asanas e experimentamos um estado meditativo.
VINYASA
O estado meditativo é mantido durante a prática pelo vinyasa, a sincronização entre respiração e movimento. A prática depende dessa dança, onde a respiração começa primeiro para depois o movimento acontecer. Nyasa significa “colocar, dirigir”, e o prefixo vi “de uma forma especial”. Assim, para cada movimento existe uma respiração correspondente, como inspirar e em seguida elevar os braços ou expirar para depois baixar os braços. O ritmo criado ajuda a manter o calor do corpo e desenvolve concentração e força.
Fontes:
MAEHLE, Gregor. Ashtanga Yoga Practice & Philosophy. 2006.
SWENSON, David. Ashtanga Yoga The Practice Manual. 2011.
HEUSER, Cathia K., WOLFF, Maurício. Formação em Yoga. 2006.